Aula 1 de Teoria da Comunicação: Teoria da Bala Mágica

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Por Alysson Souza

A mídia é vista como uma agulha que injeta seus conteúdos. Se uma pessoa é apanhada pela propaganda, pode ser controlada, manipulada, levada a agir pois a comunicação é intencional. Um modelo de teoria da comunicação nomeado como Teoria Hipodérmica, criado por Harold Lassell, diz que uma mensagem lançada pelo meio midiático é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores em igual proporção. Também conhecida como Teoria da Bala Mágica, está alocada na subdivisão da comunicação de massa.  Essa teoria nasceu mais precisamente com a primeira grande guerra mundial, sendo considerada a primeira teoria sobre comunicação. A teoria surge no contexto das duas grandes guerras onde a mesma procurava explicar, por exemplo, a ascensão do nazismo na Alemanha e os efeitos na propaganda de massa.

A Teoria da Bala Mágica é tida como limitada por ter um embasamento extremamente simples, considerando a massa de indivíduos receptores completamente homogênea e desconsiderando qualquer particularidade social, política, religiosa ou histórica, ou seja, nela todos os indivíduos são pensados como equivalentes, iguais em um meio social. Então, presumia-se que os mesmos recebiam as mensagens da mesma forma. Aí está a atuação do conceito da sociedade de massa que é fundamental para a compreensão desta teoria. Segundo Mauro Wolf, em seu livro Teorias da Comunicação, “a massa é constituída por um conjunto homogéneo de indivíduos que, enquanto seus membros, são essencialmente iguais, indiferenciáveis, mesmo que provenham de ambientes diferentes, heterogêneos, e de todos os grupos sociais.” (pág. 25). A massa em comento é formada justamente por pessoas que não se conhecem, então a comunicação nesse âmbito tende a colocar-se como única via de construção da realidade, induzindo, assim, o agir dos indivíduos. Mas como? Estímulos e respostas podem ser os elementos de efeito.

Causa (estímulo) > (processos psicológicos intervenientes) > efeito (resposta)

Esse efeito vai depender do quanto a pessoa está interessada e motivada em informar-se e do quanto é a credibilidade da pessoa ou o meio que emite a informação. Discrepância está na possibilidade de um astronauta fazer uma pesquisa dentro da estrela solar. Sem crédito se fosse transmitido em um programa como o da apresentadora Luciana Gimenez e o contrário disso se fosse noticiado no telejornal Bom Dia Brasil e noticiado por Alexandre Garcia.  Uma propaganda da Vodka Absolut, por exemplo, dificilmente irá atingir uma pessoa que não consome álcool, porém com certeza irá atingir uma pessoa que consome da mesma matéria-prima. Então por qual motivo uma pessoa que bebe não para de beber se assistir à uma propaganda antialcoolismo? Simples. Ela não está interessada em consumir essa informação. O que causa essa busca é com certeza um interesse inconsciente em algo que você ainda não usufrui, retratado, por exemplo, em comercias de marcas de absorventes. Sol, mulheres felizes, sem cólicas ou sequer registro de tensão pré-menstrual. É uma técnica publicitária usada para convencer o leitor de que a marca irá proporcionar tal sensação.

Aula ministrada no dia 23 de fevereiro de 2013.

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